De Montes Claros - MG a Juramento e Bocaiúva - MG

Olá a todos,

Acordando mais cedo que o costume, tomei café, abasteci e fiz os 36 km até Juramento em pouco mais de 30 minutos.

Lá eu fui me encontrar com a Vó Maria de Paulo, verdadeira avó de minha ex-esposa e minha avó por afetuosidade. Gosto muito dela e ela de mim. Chegando à sua casa, não a encontrei e fui procurar onde ela poderia estar. Nem precisei ir muito longe, pois na primeira esquina eu a encontrei na casa de sua amiga, Dona Teresa.

Como a catarata a impede de ver à distância, somente quando me aproximei é que ela me reconheceu. Já faziam mais de um ano e meio que a vi pela última vez. Ali eu tomei novo café e conversamos e brincamos. Dona Teresa, a Dona Tê, tem uma perna amputada e dificuldade de locomoção, a Vó sempre a visita para alegrar o seu dia.

Voltamos à sua casa e tornamos a sair para comprar coisas para o almoço. No meio do caminho, por ser uma cidade muito pequena, e ela ter sido parteira de muitos, sempre tem alguém pra cumprimentar, pedir a benção ou brincar com ela.

Quem eu mais gosto de brincar é com o Sr. Xisto, comerciante, ele cisma que ninguém pode sair de mãos ou braços dados com ela. E, sempre que me vê agarrado a ela corre para separar. Desta vez percebemos que ele não estava muito bem, tanto que nem estava no seu comércio. Ele atravessou a rua e entrou em seu carro. Quando nos aproximamos é que ele me viu e já queria brigar. Eu apenas estendi a mão para lhe cumprimentar e pus a perna para impedir que abrisse a porta do carro. Foi rápido, mas deu para rir um pouco. Mais tarde a vó me contou que ele andava transtornado pela perda de um dos filhos e problemas com os outros filhos.

Ajudei como pude a fazer o almoço, numa casa bem simples, e almoçamos por volta de 10h. Ainda visitei mais uma amiga: a Mires, mulher batalhadora que cuida de um filho com necessidades especiais e está com as pernas bem afetadas sem poder cuidar da mesma forma que antes. Repreendi-a pela fato de ter medo de fazer a cirurgia que pode deixa-la em bom estado. Se não fizesse isso, quem iria cuidar dela e de seu filho?

Mais algum tempo de prosas e finalmente me preparei para ir embora. Tornei a voltar a Montes Claros, abasteci e rumei para Bocaiúva, distante 45 km. Nem levei mais que 50 minutos para chegar até lá. Percebi que alguma coisa estava diferente desde de manhã, pois eu não percebia a velocidade da moto e sempre que reduzia, parecia que eu estava me arrastando na estrada. Acho que era efeito do rebite.

Antes de chegar na casa dos pais da minha ex, fui até a Special Motos, loja do meu amigo Gelson e sua esposa Lidjane. Gosto muito do atendimento deles e do povo do interior como um todo. É muito diferente da cidade grande. Precisava que ele ajustasse minha moto, porém, não pôde me atender dessa feita pois estava com a oficina lotada de serviço. Mas deu uma volta na moto, ajustou a corrente e trocou dois parafusos pra mim.

Feito isso, fui para casa a minha ex-sogra e dormi nessa noite lá. Da mesma forma, eu tinha vindo aqui pela última vez em fevereiro do ano passado. Temos uma bem querência mútua e mesmo a separação não afetou isso.

Para amanhã eu vou visitar outros parentes e depois vou para casa.

Abraço a todos.

Dona Tê

Vó Maria de Paulo