quarta-feira, 11 de julho de 2012

De Bom Jesus da Lapa - BA a Montes Claros - MG


Olá a todos,

Após o café da manhã, fui ao santuário e subi pelo caminho mais difícil. Não foi o mesmo que eu subi em 2006. Muito perigoso, com pedras lisas é perfeito para pagar promessas!

Chegando lá, percebi que Mona Lisa não se encontrava. Reconheci seu filho e me admirei de como crescera, está um homem feito. Fotografei por perto, me aproximei e pedi uma água. Perguntei sobre sua mãe e lhe falei quem eu era. Acredito que ele tenha realmente se lembrado de mim. Afinal, passaram-se 6 anos e um mês desde minha vinda à Lapa.

 Conversamos durante algumas horas e fiquei sabendo que ele já tem mulher e uma filha de dois anos. Ou seja, Mona Lisa já é vovó. Ela não iria na parte da manhã pois estava indo para uma reunião com seu advogado. Ronei tentou ligar para ela de seu celular e, não conseguindo ofereci-lhe o meu. Ela pediu para ele me levar até um local do qual podíamos nos ver (em termos, pois a distância era enorme) e acenamos quando consegui identificá-la. Conversamos longamente relembrando o passado e as mudanças em nossas vidas.

Voltei ao hotel para buscar as lembranças que trouxe para ela, antes procurando por embalagens para presente. Conheci a senhora Julinda, que adorou os presentes e tive que voltar ao hotel para lhe trazer outro presente para lhe agradecer a gentileza de fazer as embalagens de presente.

O combinado com o Ronei era eu entregar os presentes para o Sr. Expedito, fotógrafo que imprime as fotos na mesma hora e que tinha tirado fotos nossas lá no alto. Nem precisei, pois o Ronei no mesmo instante que eu entregava os presentes. Pedi para dizer à sua mãe que, em todos estes anos eu nunca esquecera e sempre me recordava deles.

Conheci pessoalmente o Tonho do Livro, divulgador da literatura de cordel e revi sua esposa, Eloita, que eu conhecera em 2006 quando fui até sua casa comprar cordéis, conversamos brevemente e adquiri mais cordéis e um DVD.

Despedimo-nos e fui ao mercado ver se achava frutas secas para meu almoço. O cheiro desse mercado na parte de especiarias era melhor que o Ver-O-Peso, principalmente pela quantidade de pimenta vendida. Rodei por ele e não encontrando frutas secas, acabei comprando bananas.

Voltei ao hotel e me aprontei para pegar a estrada.

Fui abastecer e conheci duas figuras: o Marcio Ribeiro, ciclista que pedalou por todo o Brasil e já foi entrevistado até pelo Ratinho e o Lú da Gaita, artista que toca e vende seus CDs pelas ruas. Nesse passo fiquei quase uma hora ouvindo histórias de ambos. Consegui informação de onde encontrar rebite e fui atrás.

Daí pra frente, a estrada já era uma velha conhecida, mas nova aos meus olhos devido ao tempo desde a última vez que a percorrera. Novas paisagens apareceram e tudo o que eu havia visto incompleto em 2006 desta vez estava exuberante.

Passei por Guanambi, abasteci e segui em frente até a divisa BA/MG e aí começaram as curvas. Eu, que estava totalmente desacostumado, quase sobro numa delas. Maneirei no punho direito e fui me acostumando. Tudo bem até chegar próximo de Capitão Enéas, onde cheguei por volta de 20h30m e um acidente havia acontecido e a polícia bloqueou toda a pista. Dois automóveis colidiram de frente, um Gol de SP e um Honda Civic de Montes Claros. O Gol teve um pneu estourado e perdeu a direção, atravessou a pista, bateu no Honda e capotou. Com o impacto os carros inverteram a direção e uma ocupante do Gol foi arremessada e faleceu. Também faleceu um homem do Gol, no Civic o air bag salvou a vida do condutor.

Acabei fazendo aniversário na estrada mesmo, pois só fomos liberados às 00h02m. Até Montes Claros passei um pouco de frio e cheguei por volta 01h30m e mais 30 minutos até conseguir vaga em um hotel, todos estavam lotados. Com a ajuda de um recepcionista de um hotel, consegui um quarto e nem perguntei se tinha internet. Fui dormir, pois estava muito cansado.

Abraço a todos.


































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